Por esta altura não se fala de outra coisa que não a história escandalosa que veio a lume sobre a presidente da Raríssimas... O que a ela fez é o cúmulo! A situação é verdadeiramente vergonhosa, primeiro porque ser presidente (ainda para mais fundador/a) de uma associação não governamental, ou seja, que vive de apoios do estado e donativos, não confere a ninguém o direito de usar os fundos da dita para usufruto próprio; segundo, por causa da "quase inexistência" fiscalização. Como se vê nem todas as associações são dirigidas por pessoas honestas.
Considero importante expressar aqui a minha opinião sobre este assunto, porque é importante que as pessoas saibam que estas associações não são todas iguais e aquelas que são verdadeiras não têm que levar por tabela quando certas pessoas não sabem remeter-se à sua insignificância. Ninguém é um poço de virtudes, mas convenhamos que quem tem dois dedos de testa não desrespeita os outros desta maneira, é simplesmente ridículo!
Se fosse noutro país da União Europeia muito provavelmente a situação teria sido detectada mais cedo e a responsável punida devidamente. Porém, aqui em Portugal, a justiça, além de cega, chega sempre tarde e a más horas, por isso, apesar de decorrer um processo de investigação, dadas as averiguações dos meios de comunicação (TVI), acho que dificilmente farão da presidente da Raríssimas um exemplo de peso para que a situação não se repita.
Mais uma vez friso: não somos todos farinha do mesmo saco e há associações que merecem e precisam do nosso apoio e compreensão. Por favor, não se deixem cegar pela fúria e ponderem muito bem antes de fazer juízos de valor. Eu faço esta afirmação porque conheço de perto as causas de algumas associações, nomeadamente da APDIP e da Acreditar ( que se dedica a ajudar e a promover o conforto de crianças com cancro e respectivas famílias quando estas se encontram longe de casa por causa dos tratamentos).
Como doente de IDP, sei bem o que custa estar dependente de tratamentos hospitalares ; acreditem que não é qualquer um que suporta estar constantemente doente. Mais difícil é conseguir que quem está de fora da situação compreenda e procure aceitar essa particularidade. Esta situação é o cúmulos dos cúmulos, sim, porque a "senhora" aproveitou-se das necessidades dos outros. Embora seja quase impossível, era muito bem feito que a senhora fosse julgada em praça pública e respondesse pelo seu crime!